sábado, 20 de junho de 2009

No séc. XIII já se pensava...


Para Pedro Hispano, a alma [ou mente] situar-se-ia no centro do mundo cognoscível, em busca activa da contemplação da forma pura e do primeiro ser (Deus) da análise do mundo exterior e, o que é uma novidade interessante, em contemplação de si própria. (Saraiva, 2009)

1º primazia do sentir primário, das sensações elementares, da sinestesia = a priori/forma individual e única do sentir + ambiente, estímulos sensoriais;
2º consciência do que se sente, racionalização;
3º procura do sentimento puro que se teve para o conhecer e para se conhecer, procura da estimulação sensorial para a auto-crítica. E é nesta 3ª fase que está o verdadeiro Eu, aquele que é o observador do Eu primário (1ª fase). É aquele que resulta dos fenómenos mentais, o que toma consciencia de quem é e de quem escolhe ser, porque tem livre arbítrio e não se resume à procura da satisfação das necessidades mais básicas. É, então, um observador activo, que se auto-constroi com base na sua própria moral (a individual) que se direcciona não só para si mesmo (se não não a teria, porque seria o Eu infantil), mas também para o outro.
E é por isso que nos conhecemos na relação com o outro, com o que se torna o nosso espelho - nao por sermos o outro, mas por sermos nós na relação com ele e com nós próprios.


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