domingo, 5 de julho de 2009

O dia tem tem mil sóis


O que faz nascer o dia diz-me que vou ser a rainha do mundo.
O que avisa que se vai esconder paralisa-me. Porque é o mais belo de todos, o que menos tempo dura e o que mais atenção lhe consinto. São cinco minutos que lhe dispenso, vinte, trinta e já era. É o único que muda a cor do vestido a cada cinco minutos e nenhum é mais belo que outro; todos lhe assentam de forma singular. É uma pintura que só cabe na tela que o campo da visão alberga e que volta a ser pintada todos os dias, mais ou menos à mesma hora, porque a memória não a consegue guardar sem lhe ser infiel à beleza.
E só eu o consigo ver, porque não está ao alcance de mais nenhuma janela senão da minha.