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sábado, 3 de outubro de 2009

Kohlberg, 1980

“Virtudes não há muitas.
Uma apenas:
a justiça”

“Virtude é uma.
É o conhecimento do bem.
Quem conhece o bem, escolhe o bem.”

“Alcançar a virtude
é pôr questões,
não dar respostas.”

Moral não é sinónimo de Normativo

“A educação moral
não é encher a pessoa
de conhecimentos que não tinha,
mas promover-lhe o raciocínio moral”

Kohlberg, 1980, p.26


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Eu não sou o livro que leio, sou o que penso sobre ele.
Ter não é ser, já dizia Erich Fromm.
Não temas se me derem a conhecer o mal, porque o mal sou eu que o construo.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Adiamento



Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,

O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...

Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espectáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espectáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...

O porvir...
Sim, o porvir...




Álvaro de Campos





O cigarro permite a pausa da metafísica. A pausa.



Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira.
Em que hei de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso?
Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Génio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente

Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,

Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira.
Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.



Álvaro de Campos - Tabacaria

15.01.1928

sábado, 20 de junho de 2009

No séc. XIII já se pensava...


Para Pedro Hispano, a alma [ou mente] situar-se-ia no centro do mundo cognoscível, em busca activa da contemplação da forma pura e do primeiro ser (Deus) da análise do mundo exterior e, o que é uma novidade interessante, em contemplação de si própria. (Saraiva, 2009)

1º primazia do sentir primário, das sensações elementares, da sinestesia = a priori/forma individual e única do sentir + ambiente, estímulos sensoriais;
2º consciência do que se sente, racionalização;
3º procura do sentimento puro que se teve para o conhecer e para se conhecer, procura da estimulação sensorial para a auto-crítica. E é nesta 3ª fase que está o verdadeiro Eu, aquele que é o observador do Eu primário (1ª fase). É aquele que resulta dos fenómenos mentais, o que toma consciencia de quem é e de quem escolhe ser, porque tem livre arbítrio e não se resume à procura da satisfação das necessidades mais básicas. É, então, um observador activo, que se auto-constroi com base na sua própria moral (a individual) que se direcciona não só para si mesmo (se não não a teria, porque seria o Eu infantil), mas também para o outro.
E é por isso que nos conhecemos na relação com o outro, com o que se torna o nosso espelho - nao por sermos o outro, mas por sermos nós na relação com ele e com nós próprios.


domingo, 26 de abril de 2009

Ser vs Saber


O belo que se tem começa a apagar-se nesse tê-lo. A beleza é do imaginário e a imaginação é uma forma de se possuir o que não se possui. (...)Tudo cansa excepto o cansaço, que é o limite desse tudo. Não podemos ser glutões de seja o que for, porque o seu fim está no enjoo ou no vómito que se segue.

Vergílio Ferreira

Quando se é belo, não se pode ser belo se não houver ninguém a saber que aquele o está a ser ou quando, por outro lado, toma consciência que o é.

Quando a primeira acontece, estúpido é aquele que belo é, porque não sabe que o é. Mas triste é aquele que o contempla, porque, apesar da virtude de ter a noção de belo, ele ama.

Quando a ultima acontece, quando se toma consciência do que se está a ser, então deixa-se de o ser.
Preferia não saber o que faço, fazendo-o bem.
Invejo as plantas, que vivem simplesmente sem grande alvoroço, sem grande rebuliço, que vivem simplesmente, sem pressa de serem. Tão ingénuas, tão estúpidas, tão belas.
O que importa não se saber que se é belo? Se soubessem, não o seriam.



terça-feira, 14 de abril de 2009

Ouve-te


Nunca a alheia vontade, inda que grata,
Cumpras por própria. Manda no que fazes,
Nem de ti mesmo servo.
Ninguém te dá quem és. Nada te mude.
Teu intimo destino involuntário
Cumpre alto
.
Sê teu filho.


Ricardo Reis, Poesia


quinta-feira, 9 de abril de 2009

Eu possuo-o porque lhe dou utilidade



- Eu, se possuo um lenço, posso colocá-lo em torno do pescoço e levá-lo comigo. Se possuo uma flor, posso colher a flor e levá-la comigo. Mas tu não podes colher as estrelas.
- Não. Mas eu posso colocá-las no banco.
- Que quer dizer isto?
- Isso quer dizer que eu escrevo num papelzinho o número das minhas estrelas. Depois tranco o papel à chave numa gaveta.
- Só isto?
- E basta...
É divertido, pensou o principezinho. É bastante poético. Mas não é muito sério.
O principezinho tinha, sobre as coisas sérias, ideias muito diversas das ideias das pessoas grandes.
- Eu, disse ele ainda, possuo uma flor que rego todos os dias. Possuo três vulcões que revolvo toda semana. Porque revolvo também o que está extinto. A gente nunca sabe. É útil para os meus vulcões, é útil para a minha flor que eu os possua. Mas tu não és útil às estrelas...
O Principezinho, Saint-Exupéry

Eu possuo porque é útil para as coisas que possuo que as possua. Se sou possuída por alguém é porque me é útil que seja possuída; Se possuo algo ou alguém é porque lhe é útil que a/o possua.
Como é que eu posso possuir algo se não lhe é útil que o possua? Se assim é, não o possuo. Não basta eu querer possuir.
Tudo o que adquiro ou vou adquirir vai precisar de cuidados, de manutenção, de utilização. Senão, deixa de ser meu, ou seja, ou passa a ser de outro alguém ou morre. Se for um ser não vivo morre temporariamente até que outro ser o possua como se fosse novo, tendo um renascer. Mas os seres vivos não têm renascer, não voltam a pertencer quando deixam de o fazer; são irremediáveis.
Quando acho um tesouro primeiro, ele não é meu, apesar de me ensinarem o contrário. O tesouro é de quem lhe é útil. É o tesouro que decide ser ou não eu o seu dono, eu não tenho escolha sobre a posse de nada. Se assim é, poderia inferir que é o tesouro que me possui e não eu que possuo o tesouro, certo? Não. A questão é, por um lado, quem controla/decide se é possuído e, por outro lado, quem é controlado e possui. Contudo, as estrelas não escolhem quem as possui, quem ou o quê que lhes é útil. Serão elas autónomas e independentes de tudo; não precisam de nada/ninguém e não pertencem a nada/ninguém? Não, senão não existiriam. Ou existirão elas apenas para possuírem? É possível existir só com uma das duas funções? Se assim for, eu sou possuída pelas estrelas e elas são-me úteis porque sim.
E quanto aos meus pensamentos e ideias, são eles possuidores, como as estrelas, ou possuídos por mim? Ou seja, possuem-me porque me são úteis ou possuo-os porque lhes sou útil? Ambas. Se não houvesse a primeira opção, eu não seria um ser humano; se não houvesse a segunda, não haveria evolução. Tudo depende de tudo, tudo está complexamente interligado, e tudo faz sentido, segundo as leis do universo.
Assim, a questão é “Eu possuo, porque dou utilidade ao objecto em minha posse” e não “Eu dou utilidade ao objecto, porque possuo”. Isto, porque eu, enquanto proprietária, não posso querer possuir sem pensar em dar manutenção, utilidade ao que possuo; sem pensar em amar o que possuo.

terça-feira, 31 de março de 2009

Tenho Tudo


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Alvaro de campos

domingo, 29 de março de 2009

A névoa

Há entre mim e o mundo uma névoa que impede que eu veja as cousas como verdadeiramente são - como são para os outros.
Sinto isso.

Fernando Pessoa, Escritos Autobiográficos, Automáticos e de Reflexão Pessoal

segunda-feira, 23 de março de 2009

Paixão é o que sinto


Quando o coração pára, tudo pára. Dr Sousa Martins


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Deus é bom mas o diabo também não é mau

A natureza é a diferença entre a alma e Deus.
Tudo quanto o homem expõe ou exprime é uma nota à margem de um texto apagado de todo. Mais ou menos, pelo sentido da nota, tiramos o sentido que havia de ser o do texto; mas fica sempre uma dúvida, e os sentidos possiveis são m u i t o s.


Bernardo Soares