Aprendi que "a crença seja no que for é um resíduo de tudo o que falhou" (Vergílio Ferreira). Não devemos acreditar em nada - pelo facto da verdade intrínseca das coisas ser incognoscível (a coisa em si kanteana) ou pelo facto de a realidade, passível de ser conhecida, ser alterável com o tempo? Assumir a segunda premissa é assumir que o conhecimento é alterável, ou seja, que não existem verdades inflexíveis e eternas. Ou seja, assumamos que tudo é alterável e que nada do que cada um sabe é permanente, que todos os fenómenos e regras que determinam as relações entre os mesmos são efémeros.
A necessidade de sentimento de controlo e de propósito faz-me acreditar - claro, sem qualquer evidência empírica - na primeira premissa. Assim, a crença seja no que for é sempre um erro, pois apesar de "sabermos" que a verdade verdadeira existe, ela não nos é acessível, visto que a forma como o mundo exterior se deixa perceber é alterável. O aparente nunca corresponde inteiramente ao que é intrínseco - e é esse segundo que é permanente.
gosto muito. a tua verdade é o que realmente importa, seja ela permanente ou temporária.
ResponderEliminarMesmo. Temos de viver a acreditar nas verdades que assumimos. Caso contrário, nada nos importaria.
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