Gosto do Outono apenas quando me lembra
De viver o Verão.
No Outono vive o Verão sem corpo.
A realidade torna-se mito. E o mito é em vão.
Mas não gosto do Outono para viver o Outono, é pena
Ser demorado e moroso como um morto.
Gosto do Inverno apenas quando
Sinto que precipita a Primavera.
O mito torna-se realidade, antecipando
A minha espera.
Mas não gosto do Inverno para viver o Inverno,
Porque me esquece que há Primavera.
O Outono lembra.
O Inverno esquece.
A Primavera sopra.
O Verão desaparece.
Mas quem sabe o que é evocar
É porque também sabe o que é esquecer
E o que sopra promete passar
E desaparecer.
De viver o Verão.
No Outono vive o Verão sem corpo.
A realidade torna-se mito. E o mito é em vão.
Mas não gosto do Outono para viver o Outono, é pena
Ser demorado e moroso como um morto.
Gosto do Inverno apenas quando
Sinto que precipita a Primavera.
O mito torna-se realidade, antecipando
A minha espera.
Mas não gosto do Inverno para viver o Inverno,
Porque me esquece que há Primavera.
O Outono lembra.
O Inverno esquece.
A Primavera sopra.
O Verão desaparece.
Mas quem sabe o que é evocar
É porque também sabe o que é esquecer
E o que sopra promete passar
E desaparecer.
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